
A nova gasolina que deverá ser comercializada a partir do dia 3 de agosto no Brasil, atenderá as novas especificações definidas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Essas exigências prometem aumentar a eficiência do combustível , e com isso aumentar o seu preço nas bombas.
A alteração que será implementada pela ANP, do ponto de vista técnico, diz respeito a octanagem da gasolina. De modo simplificado, a octanagem mede a capacidade do combustível de resistir à queima dentro do motor do carro. Se ela for muito baixa, pode haver combustão espontânea do combustível, gerando danos ao sistema. Já com a octanagem mais alta, a tendência é de que o motor renda mais, e que também diminua a emissão de poluentes.
De acordo com a Petrobras, hoje a octanagem mínima da gasolina comum é de 87 unidades em uma escala de zero a 100. Outros tipos de gasolinas como a Premium e a Podium, comercializados pela estatal, tem um rendimento superior, de 91 e 97 unidades, respectivamente – e, por essa razão custam mais caro.
Com as novas especificações da ANP, a octanagem da nova gasolina comum deverá ser de pelo menos 92 de octanagem a partir de agosto, e em janeiro de 2022 esse valor sobe para 93. Já a gasolina Premium em agosto passa a ter o mínimo de 97.
Segundo a agência, a ação faz com que o combustível comercializado no país tenha padrões internacionais. E as mudanças proporcionam ao combustível maior eficiência energética, melhorando a dirigibilidade e autonomia dos veículos pela diminuição do consumo, além de viabilizar a introdução de tecnologias de motores mais eficientes, com menores níveis de consumo e emissão de poluentes.
O aumento no preço da gasolina
A nova octanagem, segundo a Petrobras, deve permitir uma redução de 4% a 6% no consumo de combustível por quilômetro rodado. Mas isso deve encarecer o valor da gasolina, e ainda não se sabe exatamente qual será o acréscimo do valor por litro.
Vejamos um exemplo, em Curitiba, o litro da gasolina comum custa, em média, R$ 3,93, segundo a pesquisa mais recente da ANP (da semana entre 5 e 11 de julho). Já o litro da gasolina Premium, estava sendo vendido a mais de R$ 4 na capital paranaense esta terça-feira (14), segundo o site Nota Paraná, do governo do estado. E a gasolina Podium, por sua vez, chegava a custar R$ 6 por litro.
O coordenador-técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) e professor visitante na Universidade Federal da Bahia (UFBA), Rodrigo Leão, lembra que a alteração nas especificações da nova gasolina irá ocorrer em meio à venda de refinarias pela Petrobras. “Essa mudança está sendo feita concomitantemente a um processo de reorganização do mercado, com a entrada de novos atores. Será que esses novos atores não podem usar essa mudança de regulação para elevar o preço além do necessário”, questiona.
Ele afirma, porém, que se trata de uma mudança interessante se considerado o aspecto ambiental, já que a nova octanagem ajuda a reduzir a emissão de gases do efeito estufa. “É uma tendência global, mas não sabemos como esses dois processos [a mudança nas especificações e a venda de refinarias] podem impactar o preço”, ressalta.
Já a diretora de refino e gás natural da companhia, Anelise Lara, afirmou que o preço mais elevado será compensado pelo ganho de eficiência. “Em termos finais de custo, acreditamos que será mais positivo [para o consumidor], porque poderá rodar mais com menos”, afirmou.
O preço da gasolina não é composto, apenas, pelo valor cobrado pela Petrobras. O valor recebido pela estatal corresponde a 28% do preço final. O peso maior, de 46%, vem da cobrança de impostos (ICMS, Cide, PIS/PASEP e Cofins). Completam a composição os valores do etanol anidro adicionado à gasolina (13%) e de distribuição e revenda (13%).
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Fonte: Gazeta do Povo
Escrito por: Larissa Scramin