Não é novidade, que embora seja uma situação de risco extremo, a combinação de álcool e direção continua sendo frequente no dia a dia do trânsito. Estatísticas de acidentes de trânsito no Brasil, comprovam o crescimento do número de ocorrências em que pelo menos uma das partes estava dirigindo o veículo sob o efeito de álcool. A afirmativa é da Polícia Rodoviária Federal, que julga ser de grande importância alertar exaustivamente a população como um todo, sobre os riscos de bebe e dirigir. E esse é o tema de dezembro, o quinto e último da Campanha Educativa de Trânsito de 2020.
Geralmente, os motoristas que praticam o ato de beber e dirigir, acreditam que conhecem o seu limite de tolerância ao álcool e que podem beber sem colocar a segurança no trânsito em risco. Mas estudos científicos mostram que não existe quantidade de álcool que possa ser ingerida considerada segura para se dirigir depois. São muitos os fatores que influenciam na absorção e eliminação do álcool no organismo de uma pessoa, e mesmo a ingestão em pequenas quantidades, é suficiente para comprometer a capacidade de condução.
Vale lembrar que de acordo com o CTB (Código de Trânsito Brasileiro), conduzir um veículo sob a influência de álcool, independente da concentração, ou negar-se a fazer o teste do bafômetro, é infração gravíssima, sujeito a multa de R$2.934,70, suspensão do direito de dirigir pelo período de um ano, recolhimento da CNH e apreensão do veículo. Além de infração gravíssima, com multa e suspensão ou proibição de obter a CNH, dirigir sob influência de álcool é crime, sujeito a pena de detenção, de 6 meses a três anos.
Efeitos do álcool no organismo
Dirigir pode parecer algo simples, e muitas vezes até automático, mas na verdade, conduzir um veículo envolve ações complexas, de modo que o motorista deve estar sempre atento para perceber situações de perigo, bem como decidir com rapidez e precisão qual ação tomar.
Depois de consumir bebidas alcoólicas, o organismo absorve o álcool, que é enviado para a corrente sanguínea, chegando até o cérebro e prejudicando a capacidade de dirigir com segurança. Isso ocorre porque o consumo do álcool tem consequências sobre:
– Confiança: A ingestão do álcool pode deixar a pessoa mais confiante, eufórica e desinibida. No trânsito, esse tipo de comportamento, pode levar o condutor a subestimar o limite de velocidade, a sinalização e consequentemente realizar manobras perigosas.
– Atenção: As vias são ambientes em constante mudança e cheios de informação, como a circulação de pedestres e diferentes tipos de veículos, sinalizações, edifícios, árvores, animais, entre outros. Por essa razão, é fundamental que o motorista esteja atento a qualquer situação de risco. O álcool, entretanto, diminui a atenção, atrapalha a percepção e a memória, e causa confusão e desorientação mental, o que prejudica a direção segura nas vias.
– Visão: O efeito do álcool no organismo reduz a visão periférica, que nada mais é do que a capacidade que a pessoa tem de perceber aquilo que está em volta do seu foco principal. Isso pode fazer com que o condutor ao olhar para a pista, não enxergue um pedestres prestes a atravessar a rua, por exemplo. O álcool também diminui a acuidade visual, isto é, a capacidade de diferenciar detalhes, formas e contornos, dificultando a visualização de sinalizações e placas de trânsito, por exemplo. Além disso, a noção de distâncias também fica comprometida.
– Decisão: Após identificar uma situação de perigo, o condutor deve ser capaz de analisar e decidir qual a melhor ação a ser tomada naquela situação. Contudo, sob o efeito do álcool no organismo, a capacidade de julgamento e crítica da pessoa fica prejudicada, e o condutor acaba tendo dificuldades de decidir como agir, ainda mais em poucos segundos, que é o tempo que muitas vezes uma situação de risco no trânsito requer.
– Ação: O álcool prejudica a coordenação motora, o equilíbrio, e os reflexos, além de deixar o condutor lento e apático. Em situações de perigo à frente, o condutor terá dificuldades de agir corretamente para evitar um acidente.
Hábitos precisam ser revistos. Os condutores precisam entender que são responsáveis por todos que estão dentro do veículo antes de beber, isso sem contar os pedestres e veículos menores. Por isso, todos devem fazer a sua parte para um trânsito melhor e mais seguro. Se for dirigir, não beba!
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Fonte: Blog Saúde MG e O Carreteiro
Escrito por: Larissa Scramin