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5 mitos sobre manutenção de carro que “gastam” o seu dinheiro à toa

Os carros não estão baratos, por isso, vale a pena cuidar bem do seu, de forma a prolongar ao máximo sua vida útil e evitar que daqui um tempo tenha gastos elevados com oficinas.

Apesar de fazer com boa intenção, muitos motoristas acabam realizando práticas desnecessárias em seus veículos ou que tem o efeito contrário do pretendido. Por outro lado, outros ignoram práticas fundamentais de manutenção, por pensarem serem desnecessárias.

Por isso, preparamos uma lista com 5 mitos mais comuns relacionados aos veículos para você evitar e não ficar no prejuízo.

1 – Mito: Bicos injetores pedem limpeza regular

“Hoje não está prevista a limpeza de bicos injetores no plano de manutenção, ao menos nos manuais que eu já consultei. Desconheço montadoras que recomendam a prática ao atingir determinada quilometragem”, declara o mentor em tecnologia e inovação em engenharia avançada da SAE Brasil, Erwin Franieck.

Dono de um veículo com mais de 130 mil km rodados, Erwin afirma que nunca precisou do serviço até hoje em nenhum dos seus veículos.

“Essa cultura vem do tempo do carburador, quando era preciso remover o depósito de resíduos que se formava. Com a melhora na qualidade do combustível, o surgimento da injeção eletrônica e a evolução dessa tecnologia, a limpeza em intervalos regulares já não é obrigatória”, alega.

Para o engenheiro, esse tipo de intervenção deve ser feita somente quando o motor começa a ter falha de funcionamento, e fique comprovado que foi causada por bico entupido.

“Tem de avaliar caso a caso. O sensor de oxigênio, a popular sonda lambda, pode identificar redução na vazão em um ou mais bicos injetores. Porém, o problema pode estar relacionado a outros componentes, como filtro obstruído e falha na bomba de combustível”, esclarece.

2 – Mito: Câmbio automático não requer troca de óleo

São muitos os que acreditam que o câmbio automático não precisa de manutenção regular, e esse pensamento pode acarretar grandes prejuízos caso a transmissão quebre.

O câmbio, do mesmo jeito que os outros componentes mecânicos do veículo, precisa de lubrificação, principalmente na configuração dotada de conversor de torque e engrenagens.

Os prazos e especificações para a troca do fluido são apontados no manual do veículo e precisam ser respeitados. E dependendo das condições do automóvel, a troca do óleo pode ser antecipada. Vale lembrar também, que alguns modelos de veículos não vem com a recomendação de troca de óleo, que ao que parece dura por toda vida útil do veículo.

“Pode acontecer algum vazamento, o que reduz o nível do lubrificante, elevando o atrito entre partes internas e elevando a temperatura, que é uma grande vilã quando se trata de carros automáticos”, avisa o engenheiro Edson Orikassa.

Além da redução do nível, o óleo também pode ser contaminado por agentes externos e isso acaba reduzindo a sua eficiência, destaca o especialista. Por isso, é importante verificar o óleo durante as revisões, caso apresente uma aparência escurecida, pode ser sinal que ele já não tem as características necessárias de lubrificação.

Quando o veículo está com problemas com o óleo, ele apresenta sintomas comuns, como trancos na hora de trocar a marcha. A transmissão também pode “patinar”, isto é, quando o motorista acelera, o veículo demora alguns segundos para tracionar as rodas.

3 – Mito: Carro flex deve alternar entre etanol e gasolina

Segundo o engenheiro Fabio Uema, não é preciso fazer “rodizio” entre etanol e gasolina em seu veículo para obter o funcionamento ideal para um motor flex.

Contudo, existe um alerta: Caso o veículo esteja abastecido 100% com etanol ou gasolina, e o condutor for realizar a troca depois que o tanque se esgotar, é preciso um período curto, para que a ECU, central eletrônica do motor, faça as adaptações fundamentais no sistema de injeção. Isso ocorre, de acordo com Uema, porque o poder calórico do etanol é menor do que o da gasolina, e isso demanda que o propulsor injete mais combustível.

“Ao fazer a substituição, é necessário rodar alguns quilômetros para que haja esse ‘aprendizado’ da ECU. O tempo ou a quilometragem necessária variam de acordo com o modelo do carro. Essa informação geralmente está disponível no manual do proprietário”.

O novo combustível não é identificado imediatamente porque é preciso que o antigo que ainda ficou nos dutos seja queimado, e que a sonda doe oxigênio e/ou o sensor de etanol detecte a troca, esclarece.

Fabio Uema também explica que se a substituição feita for de gasolina para etanol, é ainda mais importante que esse tempo seja respeitado.

“Dependendo da situação, o automóvel pode demorar a pegar posteriormente, por identificar que ainda tem gasolina no tanque. Após dar a ignição, siga a recomendação do manual para que finalmente a ECU faça a adaptação”.

4 – Mito: Vale ‘esquentar’ o motor antes de sair rodando

Há um tempo atrás, era muito comum deixar o carro ligado por alguns minutos para o motor “esquentar”. Na época que antecede a injeção eletrônica, automóveis até saiam de fábrica com um botão conhecido como “afogador”, que era responsável por enriquecer a mistura ar-combustível, restringindo o fluxo de ar no carburador para deixar a partida mais fácil.

Por isso, hoje em dia muitos ainda tem a dúvida: Ficar estacionado até o motor atingir a temperatura ideal de funcionamento traz algumas vantagens, como prolongar a vida útil dos componentes internos e reduzir consumo de combustível?

O membro do Comitê Técnico de Motores Ciclo Otto da SAE Brasil, Clayton Zabeu, esclarece a questão. Segundo o especialista, salvo algumas exceções, essa prática quando se trata de veículos modernos, não traz benefícios.

“Se for um carro fabricado 20, 30 anos atrás, a prática de esquentar o motor é muito mais necessária e aplicável do que em modelos atuais. Hoje, componentes como cilindros, bielas e pistões trazem folgas muito mais justas e são muito mais duráveis do que há três décadas”, declara.

De acordo com Zabeu, hoje, os motores e os respectivos lubrificantes são projetados para lidar tranquilamente com a fase fria, na qual as peças metálicas não se expandiram ainda, e o motor ainda não teve o aquecimento adequado. “Prova disso é que hoje todos os motores que equipam automóveis novos são testados, no fim da linha de montagem na fábrica, ainda frios e com rotação máxima”, explica.

5 – Mito: “amaciar” motor é coisa do passado

Hoje em dia, muitos proprietários de veículos novos simplesmente não conhecem essa prática ou pensam que é coisa do passado. Contudo, o “amaciamento” do motor ainda é necessário para prolongar a vida útil do motor, e também para que o mesmo atinja o desempenho e o consumo de óleo lubrificante e combustível para o qual foi projetado.

A diferença é que, por a tecnologia adotada na construção dos motores ser mais avançada e precisa, a quilometragem necessária para o “amaciamento” do motor ficou bem menor, aproximadamente 1.500 km.

No manual do Renault Sandero, por exemplo, você encontra a seguinte informação: “Até atingir os primeiros 1.000 km, não ultrapasse 130 km/h na troca de marcha mais elevada ou 3.000 a 3.500 rpm”. O manual também informa que o veículo só irá “proporcionar todo o seu desemprenho”, após cerca de 3.000 Km rodados.

Segundo Erwin Franieck, da SAE Brasil, apesar da evolução tecnológica, os projetos de motores atuais a combustão interna, ainda levam em consideração o período de “amaciamento”, e isso não previsão de mudar em um futuro próximo.

“A superfície de componentes metálicos internos de um motor novo apresenta rugosidade, ou seja, variações no relevo que não são as ideais. Isso vale para todo o trem de força, incluindo engrenagens, eixos e mancais, que precisam de quilometragem para atingir esse assentamento natural”, declara o especialista.

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Fonte: Uol Carros

Escrito por: Larissa Scramin

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